Tromper: Justiça nega liberdade a assessor ‘braço direito’ de Claudinho Serra

Carmo Name Júnior está preso desde o início de junho Gabriel Maymone - 23/07/2025 - 15:30

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Tromper: Justiça nega liberdade a assessor ‘braço direito’ de Claudinho Serra

Por unanimidade, desembargadores da 2ª Câmara Criminal do TJMS negaram habeas corpus e mantiveram a prisão de Carmo Name Júnior, preso – pela segunda vez – desde o dia 5 de junho, durante cumprimento de mandados da 4ª fase da Operação Tromper.

Apontado como ‘braço direito’ de Claudinho Serra, Name foi preso junto com o ‘chefe’ e com o empreiteiro Cleiton Nonato Correira (GC Obras) pelo Gaeco. As investigações apuram esquema de desvio de milhões em contratos em Sidrolândia e aponta Claudinho Serra (PSDB) como o chefe da organização criminosa.

Conforme o acórdão publicado no Diário da Justiça desta quarta-feira (23), os desembargadores apontaram que ainda persiste o risco do ‘trio’ continuar nas práticas delitivas, ou seja, se beneficiando

Assim, trecho do voto do relator, desembargador José Ale Ahmad Netto, diz: “continuam presentes os requisitos (i) do risco à ordem pública ou (ii) à ordem econômica, (iii) da conveniência da instrução ou, ainda, (iv) da necessidade de assegurar a aplicação da lei penal”.

Recentemente, o MP afirmou que o esquema age até os dias atuais, apontando que a empreiteira de Cleiton, GC Obras ainda possui contrato vigente em Sidrolândia. No entanto, o prefeito Rodrigo Basso (PL) negou, afirmando que o contrato foi pago já na gestão anterior e que foi estendido apenas para a empresa refazer serviços malfeitos.

Na semana passada, o Tribunal também já havia negado HC para Claudinho Serra. À reportagem, o advogado do político, Tiago Bunning, afirmou que iria recorrer ao STJ. Por enquanto, entrou com recurso na Corte Estadual para tentar reverter a decisão.

Ao aceitar a denúncia, o magistrado pontua que “a investigação revelou a existência de um esquema criminoso estrutural e organizado, composto por núcleos distintos, que atuavam de forma independente, com divisão clara e coordenada de tarefas”.

Logo, tornaram-se réus por corrupção (ativa e passiva) e lavagem de dinheiro, as seguintes pessoas:

Claudio Jordão de Almeida Serra Filho (preso) – apontado como o chefe do esquema
Claudio Jordão de Almeida Serra – pai de Claudinho
Mariana Camilo de Almeida Serra – esposa de Claudinho
Carmo Name Júnior (preso) – assessor de Claudinho
Jhorrara Souza dos Santos Name – esposa de Carmo Name
Cleiton Nonato Correia (preso) – empreiteiro, dono da GC Obras
Thiago Rodrigues Alves – intermediário de propinas entre as empreiteiras GC/AR e grupo de Claudinho
Jéssica Barbosa Lemes – esposa de Thiago
Valdemir Santos Monção (Nanau) – ex-assessor parlamentar
Sandra Rui Jacques – empresária e esposa de Nanau
Edmilson Rosa – Empresário
Ueverton da Sila Macedo (Frescura) – empresário
Juliana Paula da Silva – esposa de Ueverton
Rafael de Paula da Silva – cunhado de Ueverton
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de esquemas de corrupção