‘Ação Cidadania #TodosPorElas’ reforça compromisso coletivo pelo fim da violência contra as mulheres

Com foco no combate à violência de gênero e no fortalecimento da rede de apoio às mulheres, a 'Ação Cidadania #TodosPorElas - Pelo Fim do Feminicídio' movimentou

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‘Ação Cidadania #TodosPorElas’ reforça compromisso coletivo pelo fim da violência contra as mulheres

Com foco no combate à violência de gênero e no fortalecimento da rede de apoio às mulheres, a 'Ação Cidadania #TodosPorElas - Pelo Fim do Feminicídio' movimentou o Parque Jacques da Luz, no bairro Moreninhas, em Campo Grande, durante o sábado (19). Considerada a maior ação de cidadania já realizada em Mato Grosso do Sul, a iniciativa contou com cerca de 300 serviços gratuitos e 11.652 atendimentos realizados.

Fruto da parceria entre o Governo do Estado, Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Fiems e instituições públicas e privadas, a mobilização integrou atendimentos nas áreas de saúde, cidadania, assistência social, educação, cultura, esporte e lazer. Desde as primeiras horas do dia, moradores formaram filas à espera da abertura dos portões para garantir o acesso aos atendimentos.

Além da prestação de serviços, o evento teve como ponto central a valorização da vida das mulheres e o enfrentamento à violência. No estande do Promuse (Programa Mulher Segura), da Polícia Militar, uma das participantes, que terá sua identidade preservada, compartilhou sua história de superação.

Ela contou que, após se casar com um homem mais velho, passou a sofrer agressões constantes enquanto morava em Cuiabá (MT). Chegou a denunciar o agressor, mas a violência persistiu. A decisão definitiva veio quando percebeu os impactos que aquela situação poderia causar na filha pequena.

"Não queria que minha filha crescesse vendo isso tudo", contou. "Que muitas mulheres possam ter essa coragem de encerrar o relacionamento e que tenham a consciência do apoio como esse", acrescentou ela, referindo-se ao acolhimento recebido durante a ação.

Rosilene Urbieta e o Ryan
A acessibilidade também foi destaque. Rosilene Urbieta, de 45 anos, aproveitou o evento para resolver uma necessidade antiga do sobrinho, Ryan Urbieta, de 19 anos, que é cadeirante e não fala. Eles conseguiram emitir a segunda via do RG sem precisar se deslocar longas distâncias.

"Quando vem o serviço aqui perto fica melhor. Evita ter que pegar ônibus. Ele fica bem agitado sempre quando precisamos fazer algo longe. É bem melhor quando o serviço vem aqui", relatou Rosilene, aliviada. A equipe do Instituto de Identificação Gonçalo Pereira esteve no local emitindo documentos.

Mostrando que lugar de mulher é onde ela quiser, a programação também incluiu o Campeonato de Futebol Feminino, realizado pela Fundesporte. Jaqueline Palmeira, de 32 anos, faz parte do time ‘As Aliadas’, composto por mulheres com idades entre 15 e 41 anos da região das Moreninhas.

"Juntar todo mundo também é uma oportunidade para todas as mulheres. No campo ou fora de campo, o lugar da mulher é onde ela quiser", declarou Jaqueline, que mobiliza as colegas para o treino toda semana.